quinta-feira, 5 de julho de 2012


Delírio

Ela andava e vagava pelas noites geladas. Só, dentro da noite, e a noite dentro dela.Deixava-se levar pelo vento, que docilmente acariciava seu rosto, tentando lhe consolar, trazia os olhos secos e sofridos,os lábios mudos,como se fizessem uma pergunta sem resposta.
Seus olhos buscavam por ELE e, sentia como se ELE estivesse tão perto.
Pensativa, olhava a imensidão daquele paraíso e a distancia
que separava os dois.
 Dos  sentimentos dele ela não sabe.
Não podia ler a sua alma agora e sentir seu coração.
 Estava ali vendo passar todas as estações.
Como as flores que se abrem cheirosas no sereno da noite,
e nas manhãs o sol vem ardente, e as gotas da chuva caem lentamente.
Os pássaros voam e partem,  chega o outono, e as folhas caem,
para o inverno chegar,  elas florescem na terra fértil que, receberá  a semente,
que a faz germinar e crescer. Ela continuava aguardando e semeando no seu coração aquele amor, como uma chama ardente, e precisava se amar como um todo.Naqule momento, tinha perdido a noção do tempo.
Era como uma rosa sem espinhos:
O destino lhe pregou mais uma peça, parece que tudo que sonhara desmoronava agora e não poderia deixar que tudo se acabasse assim.
  Tinha lhe falada dos seus anseios,caprichos e medos, e da sua insegurança.
 Estava ali parada sem nenhuma explicação, lembrando perfeitamente do seu olhar
quando partiu, o verão tinha começado,
estava muito quente, a chuva nada de vim .Ainda se recorda quando a-vi-o pela primeira vez..
Marcou o seu ser, a sua vida, podia lembrar de todos os detalhes e dos  encontros.
Ele era um homem simples, esbelto, de poucas palavras e, sabia como agradar uma mulher.
Tinha uma beleza clássica, era muito seguro em tudo que se dedicava a fazer, principalmente no amor... Procurou dentro dela uma explicação, fechou os olhos  queria se certificar se ainda o amava como antes, na sua memória ainda via aquele mesmo homem que  tanto amou um dia .Os dias passaram-se  não sei quantos raiaram, ou quantas noites se foram sem ele ao  lado dela, sei que continua mergulhada na sua espera. Ate quase o amanhecer ela continuava ali, parada no mesmo lugar... Voltou para casa já amanhecendo fazia muito frio, acendeu a lareira e pegou uma taça de vinho tinto para esquentar o coração e a alma,para reacender novamente essa chama ardente que sentia naquele momento.
 Tudo naquela hora o incomodava queria um pouco de paz, parecia abandonada, chorava magoada, sentia uma saudade terrível, os minutos fazia-se horas.
Mas o sol nasce sempre, mesmo nos dias sombrios.Foi um triste desencontro, que deixara marcas.Eu adoro Ele!Disse Ela e dormiu sorrindo.

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