domingo, 13 de março de 2011


Vem a noite sublime, sombria e fria
Encontros harmoniosos de casais aos seus ninhos
De sonhos inquietantes de horas vazias
Em teus braços busquei aconchego e carinhos

A embriagues do teu cheiro que embalsama
Na minha saudade de amores errantes
Remoendo essa dor, que o tempo acalma

De amores incultos suaves e ardentes

Parte de mim lembranças no leito meu
sufocando essa minh’ alma impura
Em prantos, rompida a luzente aurora
Sussurros de certezas do eterno segredo seu


Ouvi seu canto lamento e desabafo
Quisera eu penetrar em pensamentos seus
Desvendar teus segredos e mistérios teus
Buscar meus mais ansiosos desejos
Orvalhando essa paixão de seus beijos

Este mar de lembrança remota
De sonho despidos perdeu-se ao relento
Entre o horizonte e o balanço do vento
Que minha alma vela solitária sedenta