sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Amor em Fuga.



Rompera-se amanhã, de uns dos dias mais lindos de outono.Era encantador aquele dia! Vinha um cheiro salgado da maresia acompanhado pelo perfume das flores, um odor da terra, depois de uma chuva que tinha caído, parece que se juntaram, desgrenhadamente para se unir a mim e a minha solidão. O céu estava completamente nublado, as nuvens passeavam sombrias.As árvores soltas murmuram ao vento,e as folhas caindo.. O chão parecia mais um enorme tapete, coberto pelas folhas secas...Eu aqui pensativa.Pensando em prolongar minhas férias.Viajo no tempo... Preciso de um tempo para mim, para reorganizar minhas idéias, meu amor, e a minha alma.Parece que neste momento estou em guerra comigo mesma e com o meu coração. No outono sinto saudade de tudo...De um sonho, ou de uma desilusão, que se perdeu, por outros caminhos, que vem melancólicos com sonhos do passado, que me espreitam as vezes, e outras me acolhem .Todos os meus medos, talvez ainda não tenham passado. Ou ainda moram dentro de mim. Escuto o desvario do mar,batendo nas pedras, e o som tridente do canto da cigarra.Eu estou como um deserto dentro de mim mesma.Parece que todos os sonhos adormeceram como um enorme oceano solitário ,ou como o mar morto, que não se dá , só recebe...Fecho os olhos e volto a sonhar com você e o seu amor...Com o gosto do seu beijo, do seu carinho, que vem como uma volúpia ardente, queimando meus lábios e o coração...Como se neste momento estivesse singrando os mares. Como eu queria poder espalhar uma porção de amor, para você, e para toda a humanidade .E poder dizer-te...Quero você, o seu amor... Como antes,Como um todo,Como quando, nos encontramos pela primeira vez.Você olhou-me profundamente, com um olhar bobo e apaixonante. Claro! Eu logo sentir que era amor,pois daquele dia em diante, você nunca mais esqueceu-me.

O vale adormecido.




Conta uma lenda que a milhões de anos atrás existia entreuma linda floresta e montanhas um vale adormecido.A natureza intocável, onde desabrochava as flores dos amores,a pureza, a felicidade... As tardes caiam serenas, entrando em todos osvales, onde as sombras repousavam.A noite obrigava a terra adormecida, no vale das sombras serenas e silencioso.De belas águas e fontes!As flores balançavam na doce e deliciosa brisa, Onde os rouxinóis cantavam e se deliciavam com ás águas frescas, sobre os perfumes dos laranjais, e amores- perfeitos e relvas verdejantes, alecrins cheirosos... E também vinha os sonhos... Os toques das harpas, dosatabaques, que vibravam saudando a noite, com suaves e ternas melodias belas e saudosas.Meus sonhos esvaíram-se ouve de longe um silencioso e triste esmo das sombras das masmorras e, de almas penadas. Uma luz sinistra de amortecida lâmpada.Uma fé profunda! Como se ficassem mágoas de um tempo padecido. Onde os segredos mais intimos a voz desfalece.Matas impenetráveis, de rios impetuosos e arvoredos sombrios, entresonhos do mundo. Nos vales perfumados e perdidos descubro a existência da vida, e do amor, e escuto a doce melodia da natureza e fico extasiadacom a embriagues, e imerso na solidão.fugidio da inquietação que devora a alma e aquieta e aquece o coração.