sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


CARTAS DE AMOR

A quanto tempo eu venho ao templo orar.
Lágrimas rolam solitárias
Aqui faço meu desabafo
Escuto os meus clamores
Escondo a minha dor e os meus anseios
Um vazio e os desacertos
Amores não correspondidos
Às vezes fico perdida.
Tudo ressurge das cinzas
Essa ansiedade inquietante
Procuro a minha outra metade
Tento me reencontrar
Ajoelho-me e oro
Amanhã pode ser tarde
Para você dizer que me ama
O seu amor amanhã pode ser tarde!
A sua carta amanhã pode não ser lida!
Seus abraços, beijos e carinhos,
Podem ser esquecidos!
A paixão nos cega e nos faz frágeis.
E às vezes infelizes.
Procuro um amor onde me reencontro
E me mereça!
Os erros impensáveis da juventude,
As velhas feridas incuráveis,
Não se apagam com o tempo.
Amanhã pode já não ser necessário
O seu perdão!
Sua carta, talvez nem leia mais!
Fique em cima da escrivaninha
Esquecida pelo tempo
Um dia, seus beijos
Calaram minha boca
Seus abraços esquentaram-me o frio
Você me preenchia
Totalmente com seu amor!
Tento refazer minha vida
Quem sabe um dia talvez
Digo-te que te amo!
Nunca é tarde para tentar outra vez!







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